segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Frases espalhadas pelos estádios


Nos Estádios Brasileiros: 

Fora Ricardo Teixeira

Pouco tempo depois...

Fora Marin! Regulamentação Desportiva Já!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O time das laranjeiras vai ao Conselho de Classe



Nesta sexta-feira, o segundo tempo da mais acirrada partida do Campeonato Brasileiro de 2013 volta a dividir não somente fieis torcedores do tricolor carioca contra os Lusos da Portuguesa de Desporto, mas o país inteiro, com bandeiras de todas as cores tremulando em torno do direito, da legalidade e da moralidade. A sentença do Supremo Tribunal Desportivo poderá salvar a competição, numa reviravolta épica de um jogo em andamento, já encharcado e com as regras mudando em pleno segundo tempo. Independentemente do resultado, apenas uma equipe sairá derrotada moralmente desse julgamento: o Fluminense. Há uma explicação para isso. 

A situação do time das laranjeiras é semelhante a do péssimo aluno da oitava série que foi aprovado no Conselho de Classe. Bagunceiro, indisciplinado e relaxado com os estudos durante todo o ano letivo, o garotinho esperto e simpático acumulou notas baixas, em todas as matérias, em todas as unidades, mas tem grande chance, sobretudo pelo seu carisma, de ser aprovado às escuras das reuniões pedagógicas, por pura esperança dos mestres em acreditar que ele não pode perder o ritmo de seus colegas, aprovados por méritos e bom comportamento. Há professores que lembram tempos áureos da formação no ginásio, a boa atuação na feira de ciências, a tradição de bacharéis na família, e o sentenciam a um belo futuro. Por isso, a intensa e comovente necessidade de aprová-lo. Basta só um impulso. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A ordem de grandeza.

Finalmente, saímos do subsolo do futebol brasileiro. A segunda-feira (2) significou mais do que um recomeço de mais uma semana para o torcedor do Santa Cruz. Reencontramos a dignidade futebolística, levantamos a cabeça, inflamos o peito em profunda respiração e abrandamos a alma com a sensação de alívio. Ao cruzar o portão de casa indo ao trabalho, o tricolor contou a si mesmo, em confissão, com o olhar voltado ao horizonte: finalmente! Até o cachorro latia felicidade, com o rabo abanando a faixa de campeão ainda exalando cachaça. 

Ainda no domingo, com os portões do Arruda expulsando a multidão em êxtase pela vitória contra o Sampaio Corrêa, havia torcedor mais do que feliz pelas ruas do Recife. Teve tricolor que secou litros e litros afogando as séries C e D no álcool, para nunca mais voltar. Teve aquele que fez amor embalado pela excitação da vitória, beijando o amante aos sussurros: “é campeão, meu bem. É campeão!”. Depois de 07 anos envergonhados em tratar de futebol, ao voltar do Arruda no domingo entramos a rua de casa trombeteando convictos o orgulho do nosso primeiro título nacional. Ninguém nos segurava.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Real mundo paralelo do futebol


“Nas quatro linhas tudo pode”, “o que acontece em campo, fica em campo”. Essas são frases comuns no meio do futebol, que talvez mostre a face de um mundo paralelo no principal esporte nacional. Reconheço (falarei com mais calma em alguns parágrafos abaixo) as “fraturas” sociais que existem na humanidade. Porém, no futebol elas ficam expostas da forma mais nua e crua possível.

Usando o Brasil, para não me alongar muito, como exemplo. O racismo existe? Sim (desculpa Ali Kamel, mas existe, cara). No entanto, convenhamos, a maioria das pessoas no mínimo ficariam constrangidas em chamar em público um negro de macaco. Porém, no futebol, não. Numa partida é bem comum após um jogador (negro) fazer algo errado (ou simplesmente estar em campo), ouvimos coisas do tipo: “vai, macaco”, “tinha que ser negro, viu”, “vai carvão”, etc...etc...

A resignação Ideologica-Social: A "elitização" dos estádios



Primeiro, é sempre bom deixar claro que sou totalmente contra a higienização dos estádios (indico esse link: clique aqui) e o modelo “teatral” de torcida (indico esse link: clique aqui). Ingressos a preços de R$ 100, R$ 200 (os mais baratos), são uma afronta ao esporte mais popular do país. Costumo dizer que a gente não deve fazer com que o futebol se torne um espetáculo de teatro, e sim, o contrário, que o teatro fique mais popular e acessível.

Dito isso, vamos ao que me incomoda e ao motivo do post, que são (para variar) pessoas que querem ensinar o pobre a ser pobre, ou então, que glamourizam ou teorizam, com um cafajestimo intelectual de dar inveja a muito vejista por aí, no conforto do seu lar (ou cabine), o “sofrimento” alheio. Algo que, inclusive, já falei em outro post (clique aqui)

A Copa é do Mundo!



2014 é ano Copa. Então, com certeza teremos os chatos da meritocracia (ou algo do tipo) vuvuzelando argumentos como:

“Essa Copa têm muita seleção fraca”
“Para que Honduras, Bosnia, Argélia?”
“A Copa deveria ter menos seleções. E assim, o nível técnico seria maior”


E o mais absurdo de todos. “A Copa deveria ter seleções da América, Europa e umas três dos outros continentes, só” (via Flávio Prado).

Enfim o argumento é sempre de que a Copa tem muita seleção fraca que tecnicamente não ajuda em nada. ÓTIMO!!! Será que eles esquecem que à Copa é do MUNDO. E sendo assim, todos os continentes merecem um número condizente de seleções. Ou alguém acha que o torcedor de Honduras acha que o time vai ser campeão. Para ele, disputar essa Copa, ver seu hino tocado, já vale como uma conquista. E particularmente prefiro a alegria de um Hondurenho (só como exemplo) simples e que ficará feliz se sua seleção fizer no mínimo um gol nessa competição, à arrogância de torcedores de seleções “grandes”, inclusive o Brasil (representados pela mídia). Certa vez o escritor Eduardo Galeano em relação à competição falou que a Copa do Mundo colocou o Uruguai (seu país), antes apenas um ponto no mapa, em evidência, é como se eles passassem a existir.

A inabalável “cultura” da repulsa ao 24



A degradação do 24 surgiu com popularização do jogo do Bicho (criado em 1892) que dava ao simpático veado a responsabilidade de carregar este número pelo resto da sua vida. Com o passar dos tempos a fama do “veado” se espalhou, virou piada, ofensa e uma das mais imbecis formas de preconceitos que existe maquiada pelo víeis do “humor”.

Aí alguém pode imaginar: “Mas, qual a lógica disso? Não é apenas um número?”. Sim! Deveria. É evidente que a numerologia está presente na vida das pessoas (de quem acredita ou não), vide o “azarado” para alguns e “sortudo” para outros, número 13. Porém, nem o número 666, conhecido como “da besta”, mesmo para quem acredita, é tão achincalhado como o coitado do 24.

“Enquanto te exploram, tu gritas gol"... Com certeza! grito gol, pulo e abraço a pessoa ao lado...




No Brasil. Ou como diriam alguns vira-latas: “só no Brasil!”, é bem comum você ouvir a frase: “enquanto de exploram, tu gritas gol”. Eu poderia ser bem direto e dizer que isso é uma bobagem e uma coisa não tem nada a ver com a outra, no entanto, irei aprofundar mais sobre o assunto.

Normalmente quem fala isso está clamando, de forma moralista/hipócrita, uma “reação” do povo aos desmandos dos políticos e desigualdade social no país. Mas, o que o futebol tem a ver? Assim... A pessoa precisa viver em função da política e de “não ser explorado”? E quem comenta isso, entende e vive a política de forma ativa, ou só compartilha no facebook porque acha bonitinho?