Foto: Bobby FabisakQual é a “pátria da religião?”. O “país da fé?”. Cisjordânia/Israel?, que corresponde atualmente ao território onde nasceu Jesus; Arábia Saudita? Terra de Maomé, principal nome da segunda maior religião do mundo, o Islamismo. Ou até mesmo o Brasil, país com mais cristãos no mundo. Nenhuma das opções. Por ser uma instituição complexa e multicultural, torna-se impossível definir qual nação monopoliza a fé.
Por mais que se discuta, em dado momento, chegaremos à conclusão de que não há esse tão falado “país do futebol”. Nós até podemos ter o futebol arte (o que é arte?), eles podem ser os inventores, outros o maior público e alguns ter seu próprio deus (certo, argentinos?). Mas, ao final, cada um, ao seu modo, terá sua própria fé, indo do rádio de pilha a TV em alta definição, das Arenas ao campo de várzea, da final do campeonato ao jogo contra o rebaixamento, do grito de gol ao de tor. Quando se diz que tal país é o “país do futebol” é como se tivessem monopolizando o esporte. Como se, de uma forma meio boleira, estivéssemos utilizando o discurso do “estou salvo, se ajoelhe diante do meu deus ou queimará no inferno”.
O país no futebol não está em uma nação. E sim, em um imperativo categórico que orgulharia bastante Imannuel Kant: a comemoração do gol, uma das linguagens mais universais que existem.
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